sábado, 19 de julho de 2008

7 armadilhas que nos fazem comer mais sem perceber




Wansink é professor de marketing da Universidade de Cornell, no estado de Nova York. Mantém há dezoito anos um laboratório de pesquisa em nutrição no qual promove jantares e encontros do tipo boca-livre para estudar os hábitos inconscientes que fazem uma pessoa comer mais e engordar. Já falei dele aqui no blog. Em entrevista à Revista Veja, citou 7 armadilhas muito comuns, que nos fazer comer mais sem perceber:

1ª ARMADILHA:

COMPRAR EMBALAGENS GRANDES

O experimento que provou que esse hábito engorda: Wansink convocou quarenta pais e professores para uma reunião de trabalho na qual assistiriam a um filme. Agradeceu a presença dos participantes distribuindo pacotes de confeitos de chocolate de 500 ou 250 gramas – bem maiores do que os vendidos em cantinas e padarias, que contêm 30 gramas. No fim da reunião, explicou seu verdadeiro intuito e pesou o que havia restado nos pacotes de chocolate. Os que receberam a embalagem grande comeram em média 137 confeitos. Os que abriram a embalagem pequena pararam no 71º confeito.

2ª ARMADILHA:

COMER MAIS, E RÁPIDO, PARA ACOMPANHAR O RITMO DAS OUTRAS PESSOAS À MESA

O experimento que provou que esse hábito engorda: organizou-se uma série de almoços, em que os participantes comiam sozinhos, depois em grupos de quatro e de oito pessoas. Aqueles que comiam devagar quando estavam sós aceleravam o ritmo e comiam quase o dobro na companhia de colegas. Aqueles que já tinham o hábito de comer depressa continuavam mordiscando (pães do couvert) para acompanhar os outros.

3ª ARMADILHA:

ENGANAR-SE COM O TEXTO ESCRITO NAS EMBALAGENS

O experimento que provou que esse hábito engorda: ofereceram-se chocolates a um grupo de pessoas acima do peso, que poderiam comê-los à vontade, mas teriam de optar pela versão normal ou pela light (com calorias e gorduras reduzidas). Os que optaram pela versão mais saudável comeram 90 calorias a mais.

4ª ARMADILHA:

EM RESTAURANTES, SER SEDUZIDO PELO PRATO MAIS SUCULENTO DO CARDÁPIO

O experimento que provou que esse hábito engorda: durante seis semanas, pesquisadores da Universidade de Cornell mexeram discretamente no cardápio de um restaurante. Trocaram, por exemplo, o nome "frango à parmigiana" por "maravilhoso frango à parmigiana da mamma". Convidaram, então, as pessoas que escolheram tal prato a avaliá-lo. Sistematicamente, os clientes que escolhiam o prato pelo nome sem graça consideravam-no apenas razoável – ao passo que os que comiam a receita da mamãe ficavam satisfeitos. Além disso, o prato com descrição incrementada teve 27% mais pedidos.

5ª ARMADILHA:

COMER ENQUANTO SE FAZ OUTRA ATIVIDADE

O experimento que provou que esse hábito engorda: estudantes foram convidados para assistir a um programa experimental na TV e ganharam uma tigela de pipoca e um prato de cenouras baby. Houve duas sessões: uma de sessenta e outra de trinta minutos. Nas duas ocasiões, os alunos não pararam de comer até o programa terminar. Mas os que ficaram na sala por uma hora comeram 28% mais que os outros – não o dobro, como se podia esperar

6ª ARMADILHA:

USAR PRATOS E COPOS PARA MEDIR COM QUE QUANTIDADE SE FICARÁ SACIADO

O experimento que provou que esse hábito engorda: dois grupos de voluntários serviram-se num bufê de sorvetes. Um deles recebeu taças pequenas e o outro, taças grandes. As pessoas que usaram as taças maiores colocaram quase 60% mais sorvete do que as que usaram as menores. A diferença representa 250 calorias.

7ª ARMADILHA:

MANTER GULOSEIMAS À VISTA NO ESCRITÓRIO OU NA SALA DE CASA

O experimento que provou que esse hábito engorda: dois grupos de secretárias receberam potes cheios de bombons – a diferença é que para um grupo a bonbonnière era de vidro e para o outro, opaca. Ao fim de uma semana, as profissionais que podiam ver os bombons pelo vidro haviam comido cerca de 70% mais que as outras participantes do estudo. Nutricionistas da equipe de Wansink estimam que as secretárias poderiam engordar 10 quilos em um ano caso mantivessem o hábito de comer chocolates à tarde.


(Revista Veja, 15/11/2006)

Um comentário:

Norah disse...

AMEI! BRIGADÚUUU